Quando um ramo

de doze badaladas

 

 Quando um ramo de doze badaladas

    se espalhava nos móveis e tu vinhas

    solstício de mel pelas escadas

    de um sentimento com nozes e com pinhas,

 

 

    Menino eras de lenha e crepitavas

       porque do fogo o nome antigo tinhas

       e em sua eternidade colocavas

       o que a infância pedia às andorinhas.

 

 

         Depois nas folhas secas te envolvias

          de trezentos e muitos lerdos dias

          e eras um sol na sombra flagelado.

 

 

            O fel que por nós bebes te liberta

             e no manso natal que te conserta

             só tu ficaste a ti acostumado.

 

Poesia Completa

Publicações Dom Quixote

1999

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Natália Correia

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